segunda-feira, 9 de junho de 2014

Desejados #Wishlist 2

Para a minha alegria, consegui comprar todos os livros da minha última Wishlist (apesar de ser uma listinha bem modesta).

Embora eu não pretenda comprar livros não tão cedo (tô falida!), farei uma listinha de desejados mesmo assim, pois a lista me ajuda a lembrar de todos os livros que quero mais urgentemente.


Esse é um dos mais desejados! Achei a história bem peculiar


Necessito!



Também quero Crime e Castigo, especificamente essa edição, da editora 34


Esse livro despertou muito a minha curiosidade



Quero essa edição mara de Peter Pan!




Caixa de Correio: Atualização das aquisições

Olá!
Depois de séculos, cá estou. Por motivos de trabalho, trabalho e mais trabalho, não tive mais tempo de ler no mesmo ritmo de antes, muito menos de atualizar o blog :( Agora estou tentando retornar aos poucos. Para um recomeço light, decidi compartilhar minhas últimas aquisições (não registradas no blog ainda). De novembro de 2013 a Junho de 2014.


Deu a louca em Novembro/2013 e comprei esse monte de livro da foto abaixo. Quatro deles foram presentes para alunos (Água para elefantes, Diário de uma paixão, Bela Maldade, A vida em tons de cinza e As crônicas de Nárnia). Na verdade comprei 2 exemplares de As Crônicas de Nárnia, 1 pra mim e outro para uma aluna. Sim, sou uma professora super legal, que dá o maior incentivo à leitura, que dá livros de presentes aos alunos mais aplicados.



O Mistério da Estrela - Stardust - do Neilzinho comprei na Estante Virtual, pois está esgotado nas lojas.





Esse livro é uma coisa linda. Obrigatório para os fãs de Star Wars. Como a foto não faz jus, em breve postarei um vídeo curto mostrando-o melhor.




Livro obrigatório para os fãs do Tolkien. Mais uma vez a editora Darkside está de parabéns, a edição é maravilhosa.


Sobre a amizade dos reis da fantasia: Tolkien e Lewis


 A HQ MAIS LINDA DA MINHA ESTANTE. Vai ganhar um post só pra ela.


Outra coisinha linda (e cara): edição especial de Laranja Mecânica


Box de As Crônicas do Artur, são três livros.


O Rei do Inverno, O inimigo de Deus e Excalibur


Belas Maldições do Neil


Ahhhhhh esse é fantástico


Dias da Meia-Noite do Neil Gaiman



Sim, não me canso do Neil Gaiman



Fãs de HQ não podem perder essa! John Constantine é o cara!


Após boas críticas, resolvi conhecer Scott Pilgrim


Um livro que queria há muuuuito tempo: 1984


Comprei a preço de banana , Ratos


Outra coleção que há muito tempo queria: As Brumas de Avalon


Eragon




Mafalda é muito amor!



Maaaais Neil


Maus






quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quem é você, Alasca? John Green

Quem é você, Alasca? foi a primeira leitura de setembro. No dia 31 de agosto terminei a leitura de "Deixa Ela Entrar", livro maravilhoso, mas muito tenso, por isso, decidi começar setembro com um romance mais leve. Como nunca havia lido nada do John Green, o escritor do momento, comprei Quem é você, Alasca?.

Achei a capa linda e o título despertou bastante minha curiosidade.


O romance é sobre Miles e sua nova vida no colégio interno Culver Creek. Antes disso, ele vivia numa cidadezinha medíocre, com pessoas medíocres e percebeu que se continuasse ali, também se tornaria medíocre. Por isso, decidiu em busca do Grande Talvez. Miles era um adolescente bem inteligente, que tinha como hobby preferido ler biografias de grandes personalidades para saber quais foram suas últimas palavras. Ao saber das últimas palavras do poeta François Rabelais "Saio em busca de um Grande Talvez", Miles compreendeu que se ele não saísse em busca desse Grande Talvez, nada de significativo aconteceria em sua vida, por isso toma a decisão de sair da cidadezinha e ir para o colégio interno onde seu pai estudara. Achei muito bacana a atitude dele e acho que podemos tomar como exemplo. Não devemos nos conformar com o que não nos traz felicidade e satisfação pessoal, é preciso ir em busca de mudanças, de melhorias e só podemos mudar tomando a iniciativa.

Em Culver Creek, Miles faz seu primeiro amigo, Chip Martin, o Coronel, que também era seu colega de quarto. Lá conhece seu primeiro amor, a irreverente Alasca. Daí  a explicação para o subtítulo: O primeiro amigo, o Coronel, o primeiro amor, Alasca, e as últimas palavras, o hobby do Miles.
Gostei da transformação do protagonista através da vivência na escola, Miles faz amizades e inimizades, tem namoricos, por influência dos amigos se torna fumante (o que não achei nada legal), começa a quebrar regras para se divertir, enfim, várias experiências vão moldando e transformando o protagonista.

O romance é dividido em Antes e Depois, com contagem regressiva que começa em "137 dias antes". Desde o início, sabemos que acontecerá algo muito impactante que será um divisor de águas na vida do Miles. E sabemos que esse divisor é a Alasca, é evidente. Adorei desse recurso do Antes e Depois (não lembro de ter lido outro livro assim), pois nossas expectativas vão aumentando, aumentando, aumentando...conforme a contagem regressiva vai acabando. Obviamente não contarei o que acontece, mas digo que eu não esperava, tinha uma leeeeve suspeita apenas. Gostei do ocorrido.

Agora preciso falar da Alasca. Que menina chata! É muito ruim quando não temos afinidade com os protagonistas, nada contra o Miles, mas a Alasca é beeeem chatonilda. Ela é uma menina popular, inteligente, crítica, leitora assídua, feminista, irreverente...e seria uma óóótima pessoa se não fosse tão explosiva e bipolar. Tão bipolar que até o Miles se cansava às vezes. E nada contra o feminismo, mas a Alasca me fazia perder a paciência, como no parte em que teve um chilique só porque o Coronel elogiou os seios de uma menina. Qual é o problema elogiar os atributos físicos de uma pessoa, desde que o faça com respeito? Ela fazia tempestade em copo d'água. É CLARO que como Miles é o narrador, vemos tudo através do olhar dele, talvez minha impressão sobre Alasca fosse um pouco diferente se o narrador fosse impessoal, em 3º pessoa. Em 1ª, é tudo muito subjetivo.

Falando em tempestade, há uma frase marcante do Miles:

"Se as pessoas fossem chuva, eu seria a garoa e ela, um furacão."

Essa frase ilustra bem a diferença entre eles; Miles é tranquilo, retraído e Alasca, muito intensa. Todos os amigos de Miles era fumantes, mas o troféu de caipora vai para Alasca, fumava um atrás do outro e declarou para os meninos "Vocês fumam para saborear, eu fumo para morrer" /aloka!

O livro tem uma linguagem simples e objetiva, é narrado em primeira pessoa e provoca reflexão sobre um tema bastante profundo. Apesar disso, não me cativou, não morri de amores pelo livro. John Green é o autor badalado do momento, parece que todo mundo já leu alguma coisa dele, todo mundo lê e chora litros com "A culpa é das estrelas", mas eu não sou todo mundo e não sou obrigada a gostar do que todo mundo gosta! Parece que os fãs de JG não entendem isso...

O livro se encaixa no gênero YA (Young Adult), tem todos os ingredientes que o público desse gênero gosta. Livros YA com essa temática nunca são minha primeira opção de leitura, acho muito enfadonho e batido esse tema de jovem retraído que se apaixona por um popular e inatingível. Sem falar que achei muito chato as descrições dos trotes que eles faziam, dos raps que compunham. Se eu estivesse com 15 anos, acho que teria gostado. Mas o tempo passa, os gostos mudam e identificamos os gêneros e autores que realmente nos cativam.

Reconheço o valor do livro; o John  Green escreve super bem, trata de temas bem atuais e universais, tem umas frases de efeito bacaninhas, há fatos bem imprevisíveis. JG construiu a narrativa de um jeito que pega todos de surpresa, enquanto estamos esperando uma sequência de fatos, ele inverte, deixando o leitor boquiaberto. Ponto pra ele!!!
Para quem gosta de YA, eu super recomendo. Mas se não gosta...é melhor ler o que te apraz. Lembrando que essa é a opinião de uma pessoa - me - que não é fã de YA! Eu não gosto, nem desgosto. Pego para ler após a leitura de um livro mais denso, pois o YA tem o poder de aliviar, é uma literatura leve, de consumo rápido. Eu fiquei tão tensa e impactada com minha leitura anterior, "Deixa Ela Entrar",  que não pensei duas vezes ao pegar "Quem é você, Alasca?" para abrandar. Note que, embora eu não tenha gostado muito, eu ressaltei bastante tudo o que vi de qualidade no livro.


Ficha Técnica:

Título: Quem é você, Alasca?
Autor: John Green
Editora: Martins Fontes
Ano: 2010
Páginas: 226


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Deixa Ela Entrar - John Ajvide Lindqvist

Minha última leitura de Agosto foi  "Deixa Ela Entrar" do autor sueco John Ajvide. Conheci esse livro através do filme também sueco "Deixa Ela entrar", lançado em 2008. Li críticas bárbaras a respeito desse filme premiadíssimo ("apenas" 58 prêmios), assisti e amei. Apesar de ter adorado o filme, fiquei um pouco insatisfeita porque ele me deixou com muitas dúvidas, parecia que a história estava incompleta e o filme apenas sugeria, não contava. Pesquisei e descobri o livro que deu origem ao filme, então para saciar minha imensa curiosidade a respeito da história, comprei-o.

Depois que li, finalmente entendi por que o filme ocultou tantos acontecimentos presentes no livro, dando a sensação de estar incompleto, vago. A resposta é: o livro é pesadíssimo, muito tenso, aborda assuntos muito polêmicos de forma nua e crua, como a pedofilia, por exemplo. Temas e fatos que não seriam apropriados para o filme. Portanto, se você apenas assistiu, faça o favor a si mesmo de ler o livro! O filme é ótimo, o livro mais ainda!

O protagonista é Oskar, um menino de 13 anos extremamente solitário. Ele é inteligente, adora ler quadrinhos e ouvir KISS. Seria um menino feliz e comum, se não fosse pelo bullying que sofre diariamente na escola. As cenas de bullying são cruéis e me deixaram revoltadíssima. Oskar era submetido a agressões físicas e torturas psicológicas, não podia nem responder às perguntas do professor, senão deixaria seus perseguidores zangados. Os meninos, geralmente um três, obrigavam Oskar a imitar um porco, davam "descarga" na sua cara, batiam nele com varas...cenas de terror. A aflição de Oskar era tão grande, que ele fez a Bola de Mijo, um pedaço de espuma que ele tirou do colchão para colocar na genitália pra absorção do xixi, pois o coitado não segurava na hora do nervosismo. Devido a sua situação, não tinha amigos na escola e nem fora dela, afinal, ninguém queria ser amigo de um loser. E os pais? Os pais do Oskar eram separados, apesar de não terem uma boa relação entre si, Oskar era muito bem amado e querido pelos dois. Sua mãe, embora super coruja e protetora, trabalhava o dia inteiro e não ficava a par do bullying que o filho sofria.

Oskar começou a imaginar a morte dos seus perseguidores, começou a imaginar tudo o que faria com eles. Fazia coleção de recortes de notícias sobre assassinatos e serial killers e sentia prazer ao ler tais notícias. Quase diariamente ia ao bosque com uma faca que roubara, para simular o assassinato dos seus agressores, um tronco de árvore era o alvo. E assim temos o vislumbre de um potencial assassino, psicopata oriundo do bullying.

Eu sofri MUITO com o Oskar. Pensava "Meu Deus, não pode continuar assim! ALGUMA COISA tem que acontecer!", na verdade "Alguém aconteceu" na vida do Oskar; depois que Eli se tornou sua vizinha, tudo mudou. Os dois se encontraram pela primeira vez no parquinho em frente ao prédio onde moravam, numa noite muito fria. Eli tinha um aspecto muito sujo, fedia (segundo Oskar, ela fedia a ferida, eca!), era estranha e estava vestida apenas com uma blusinha rosa fina, não sentia frio. Esse foi o primeiro encontro de muitos, sempre no mesmo lugar, sempre à noite. Oskar estranha o fato de ela aparecer somente à noite, e de as janelas do seu apartamento estarem sempre cobertas com papelão.

Uma bela amizade se desenvolve e é Eli quem estimula Oskar a revidar as agressões que sofria. Mas muito mistério envolvia Eli e o senhor com quem ela morava. Quem era Hakan? O pai ou avô de Eli? Quem observa essa "família", pensa que Hakan é o pai de Eli, mas nós leitores sabemos que a relação deles não tem nada de paternal, é doentia. No filme não é esclarecido quem é Hakan. Só para confirmar uma questão que o filme sugeriu: Sim, Eli é um menino centenário preso num corpo de 12 anos, por isso na cena em que ela está se trocando, mostra que ela não tem nada "lá", apenas um cicatriz, indicando que o bilau foi cortado. Não, não é spoiler, gente que não leu o livro! Desde os primeiros contatos entre Eli e Oskar, Eli já dá indícios "Você gostaria de mim mesmo que eu não fosse uma menina?" Sobre a relação entre Eli e o velho com quem vive, não vou falar nada! lalala...

Apesar de haver personagem vampiro no livro, creio que não se encaixa no gênero terror. A intenção do autor não parece ser aterrorizar, amedrontar o leitor, mas mostrar o drama da solidão, o drama da condição de ser um vampiro e uma amizade incomum. Quando falo de solidão, me refiro à solidão do Oskar devido ao bullying e à eterna solidão de Eli, devido à sua condição de vampiro e através desse sentimento em comum nasce uma pura amizade entre eles.

Uma coisa que AMEI no livro foi o tom realista sobre bullying e também - principalmente - sobre vampirismo. O autor  aborda a maldição do vampirismo de forma nua e crua. Ressalto a palavra maldição, porque hoje em dia os filmes, séries e livros sobre vampiro mostram mais a "beleza", "qualidades" e o "lado bom" de ser vampiro (entre aspas, porque não vejo lado bom), tomo como exemplo a série The Vampire Diaries e Crepúsculo; em The Vampire Diaries notem que todos os vampiros são lindos e possuem habilidades que todo mundo gostaria: velocidade, capacidade de compelir, regeneração, excepcional audição, etc. Em Crepúsculo, a vida dos Cullen parece ser um mar de rosas: todos são perfeitamente lindos (na opinião geral, porque eu os acho muito artificiais), são podre de ricos, cada um possui um "poder"  diferente (parece até X-men), são fortes e velozes. Observando TVD e Crepúsculo, até parece que a vida do vampiro é uma festa (se bem que TVD também mostra o lado ruim em algumas ocasiões). Mas se você quer conhecer mesmo a maldição de ser vampiro, leia "Deixa Ela Entrar". Eli é descrita como uma criança bonita, mas estranha, que fede, que veste sempre a mesma roupa, que vive numa solidão sem fim, sem família, sem amigos, sem raízes, sendo obrigada a se mudar sempre. Nada é bonito, nada é admirável.

Como eu disse, não se trata de um livro de terror, mas confesso que em alguns momentos eu fiquei tão impressionada a ponto de ficar amedrontada; na parte em que uma figura monstruosa (não posso revelar quem, mas não é Eli) estava no necrotério "vivíssima" enquanto os outros pensavam que estava morto e outra parte dessa mesma figura num porão escuro. Gente, é sério, deu até arrepios. Outra parte que deu MUITOS arrepios, não pelo terror, mas pela riqueza de detalhes horríveis, foi a parte sobre a transição de um personagem para vampiro. Fiquei cho-ca-da, até enjoada! A personagem não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo com ela e entrou em aflição, nós leitores também entramos em aflição, morrendo de pena da personagem e passando mal com as cenas de horror.

Encerro aqui meus comentários sobre o enredo do livro, reforço a indicação, principalmente para quem gosta de histórias de vampiros de verdade, que seguem a tradição. Mas prepare-se, porque o livro é chocante e doentio.

Sobre o título, os fãs das histórias vampirescas tradicionais devem  ter entendido. Deixa Ela Entrar se refere  ao fato de um vampiro só poder entrar num ambiente fechado, se for convidado, a pessoa tem que falar para o vampiro "deixo você entrar".

Há duas adaptações para o cinema; Deixa Ela Entrar (Let The Right On In), que é a versão original sueca, e Deixa-me entrar (Let Me In) que é a cópia americana.





Eu amei o filme sueco. A atuação dos protagonistas foi maravilhosa, especialmente da atriz Lina Leandersson, a Eli. Sei que muita gente pode discordar, mas achei bem desnecessário fazer uma versão americana. O filme sueco é maravilhoso, é completo, é coerente, foi muito bem premiado (recebeu 58 prêmios), então pra quê outra versão, claramente inferior? Eu ADORO a atriz Chloe Moretz, que é a Eli na versão americana, ela é linda, é talentosa, é caristimática...MASSS não se encaixa para o papel do vampiro Eli, é lindinha e cute demais para ser o vampiro estranho. Se eu não tivesse lido o livro, talvez aceitasse numa boa a Chloe no papel na Eli, mas definitivamente ela não combina com as descrições do personagem do livro. Bom, preciso assistir a versão americana, mas não estou lá muito empolgada.


Lina Leandersson


Kåre Hedebrant (Oskar) e Eli 



O livro é maravilhoso! Uma edição linda da Globo Livros: o título é em alto relevo, a capa é emborrachada, as letras são ótimas para leitura, as páginas amareladas, enfim, uma da minhas melhores aquisições de 2013. O preço é um pouco salgado e infelizmente é pouco provável que você o encontro numa daquelas maravilhosas promoções do Submarino, mas o Extra e o Ponto Frio geralmente dão um bom desconto. (Acho que paguei 31, o preço é 50)




Ficha técnica:

Título: Deixa Ela Entraar
Autor: John Ajvide Lindqvist
Editora:Globo
Ano: 2012
Tradução:  Marisol Santos Moreira
Páginas: 500







quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Caixa de Correio: Compras de Agosto

Em Agosto fiz excelentes aquisições, em diferentes lugares. Vamos lá:



Persuasão - Jane Austen

Gente, nunca li nada da Austen/socoooorrro!! Por isso, quando vi esse livro "usado" num grupo do facebook, não pensei duas vezes e comprei! Apesar de não ser novo, não está nada usado, o livro chegou em perfeito estado e paguei apenas R$16 (com o frete).



Esse livro tem história! Há muito tempo queria comprá-lo, já comentei aqui que cheguei a comprá-lo no Levi Livros, mas foi uma frustração porque venderam sem ter no estoque! (Levi Livros, não compro mais na sua loja). O ÚNICO lugar onde tinha esse livro era a Estante Virtual (no sebo Ludy Livros), comprei por R$54 (com frete incluso), chegou rápido, em excelente estado e posso dizer que é um dos livros mais lindos que já vi, quando fizer resenha dele, mostrarei bastante fotos. Hoje dei uma olhada na Estante Virtual e vi que resta apenas UM exemplar (também em Ludy Livros), como o dono da livraria não é besta, aumentou o valor para R$70! (com frete deve dar quase 80). Então se você quer comprá-lo e tem coragem de pagar esse valor...run!




Esse livro do John Green comprei na Livraria Cultura. Só comprei lá porque ganhei um vale compra de R$40 (o valor do livro), como eu só poderia usar esse vale na Cultura, tive que comprar lá mesmo, senão teria optado por outras livrarias - a Livraria Cultura SEMPRE vende mais caro!  É sério, se tem amor ao seu dinheiro e deseja comprar mais livros fuja da Cultura! (a menos que esteja em promoção, coisa rara). Já li esse livro, pretendo em breve postar a resenha.



Esses são meus xodós!! Amo, amo, amo! Os dois são lindos, capa dura, edições definitivas dos melhores quadrinhos: Watchmen e Batman! 



Batman, o Cavaleiro das Trevas comprei na Fnac, ele chegou direitinho, mas eu esperava mais cuidado na embalagem, por ser grande, com capa dura e tal, deveria ter vindo numa caixa, com plástico bolha, mas veio num daqueles pacotes de plástico mesmo




Watchmen comprei na Saraiva, veio numa caixa de papelão com bolhas de ar dentro:





Talvez eu não compre nada em Setembro, afinal, tenho um montão de livros não lidos. Vamos ver se eu resisto!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Grande Gatsby - F. Scott Ftizsgerald

Há um tempinho comprei no sebo uma edição antiga de O Grande Gatsby da Editora Abril. Essa semana bateu uma vontade grande de lê-lo, lembrei que era um dos livros favoritos da minha querida professora de literatura do ensino médio, Rejane Melo.




O Grande GatsbyO Sol também se levanta de Ernest Hemingway e Ulisses de James Joyce configuram as principais obras da Geração Perdida. Esse termo foi empregado para designar os artistas que, após a Primeira Guerra Mundial, refugiaram-se na França, onde poderiam fazer suas manifestações artísticas. Essa eclosão das artes, especialmente a literária, não ocorreu apenas lá fora, aqui no Brasil tivemos a Semana da Arte Moderna.

Até a metade do livro não encontrei nada de impressionante, mas achei muito interessante o retrato da alta sociedade de Nova York na década de 20, a Era do Jazz. Depois, conforme ia avançando a leitura, percebi que não era uma simples e despretensiosa descrição da sociedade, mas uma reflexão sobre materialismo, uma crítica a essa sociedade.

Quando comecei a leitura, fiquei surpresa com o tipo de narrador. Eu esperava um livro em terceira pessoa, como a maioria dos livros, ou então narrador-protagonista (comum também, como Dom Casmurro, O Dia do Curinga, Memórias Póstumas de Brás Cubas, etc). Mas nesse livro, há o narrador personagem, um personagem secundário que conta a história sob sua ótica. Achei bem interessante, nunca havia lido um livro com tal tipo de narrador (ou então não lembro, foram muitos).

O narrador é o Nick Carraway, um rapaz rico que foi para Nova York fazer sua própria fortuna. Nick descreve toda a efervescência da era do Jazz, os luxos da alta sociedade, as festas, os relacionamentos, toda a boemia e glamour da época. Mas por trás de todo esse glamour, começamos a observar que as relações são frágeis e que o interesse permeia essas relações. Daisy, prima de Nick, é casada com Tom Buchanam um ex-jogador muito famoso e extremamente rico, racista, mau caráter e egocêntrico (sim, detesto esse personagem), que além de todos esses defeitos é adúltero, tem um caso com Myrtle, uma mulher casada com o pobre mecânico, Wilson.

Tom, mesmo cônscio de que Nick era primo de sua esposa, faz questão de levá-lo à casa da amante, onde fala com o marido dela sobre seu carro (o carro quebrado de Tom era apenas um pretexto para frequentar a casa da amante). Depois dessa demonstração de cretinice para Nick, os amantes o levam para o apartamento dos dois, o ninho de amor. No apartamento, há mais uma crítica embutida; Myrtle, antes era até suportável, mas agora nesse ambiente de luxo e na posição de madame tornou-se insuportavelmente arrogante, pisando e humilhando os outros. As puladas de cerca do Tom eram de conhecimento público, inclusive para Daisy. Eu não sabia se sentia raiva ou dó da Daisy - só fui me decidir depois. O único inocente era Wilson, que idolatrava a mulher e não desconfiava de nada.

E o grande Gatsby?
Jay Gatsby era vizinho do Nick; um homem muito misterioso, podre de rico que dava festas espetaculares todos os dias. Nick tinha muita curiosidade sobre o vizinho e um belo dia foi convidado para uma das festas. Achei muito engraçado o momento em que eles se conheceram, começaram a conversar quando o Nick disse "o tal do Gatsby [...]", o homem responde "Eu sou o Gatsby". Achei engraçada a situação, o Nick estava numa festa e nem reconhecia o dono dela, assim como a maioria dos que estavam ali. É curioso que Gatsby dava festas sensacionais, mas não participava dela, limitando-se a cumprimentar um e outro convidado.

A princípio, Jay Gatsby se aproxima de Nick por interesse, para que Nick promovesse um encontro entre ele e sua prima Daisy. Há anos Gatsby e Daisy tiveram um romance, quando Gatsby era um pobretão e Daisy uma jovem rica. Gatsby foi para a guerra e Daisy se casou com Tom Buchanam, quebrando o coração do Jay. Mesmo se aproximando de Nick por interesse, os dois desenvolveram uma linda amizade.

Nick promove o encontro entre os dois e nesse momento vemos o outro lado do Jay, antes um homem rico e seguro, agora um tolo apaixonado que não sabia nem como agir na frente da amada. Os dois revivem o antigo amor (com a ajuda de Nick, que facilitava os encontros). Para mim, Gatsby é um dos homens mais apaixonados e românticos da literatura. Nick narra que o rosto de Gatsby resplandece quando ele está perto de Daisy, fica bobo, sem palavras.

Gatsby faz questão de exibir toda a sua riqueza e poder, não que ele fosse um homem metido e perdulário, mas fazia isso para chamar a atenção da amada, já que quando ele era pobre foi trocado pelo Tom Buchanam, um homem rico. Eu passei a detestar a Daisy: quando o Gatsby mostra sua mansão para ela e para o Nick, ela fica deslumbrada com tudo e quando ele mostra seu guarda-roupas com centenas de camisas finas, ela reage assim:

De repente, lançando um som tenso, Daisy inclinou a cabeça sobre as camisas e pôs-se a chorar ruidosamente.
- São tão lindas estas camisas! - soluçava, a voz abafada nas espessas dobras. - Isto me entristece, pois nunca vi antes camisas assim...tão bonitas. (p.115)

Se eu fosse o Gatsby, na hora me livraria dessa interesseira! Primeiro ela o deixa para se casar com um rico e depois chora de emoção diante da riqueza do Gatsby...só faltava ter a palavra interesseira estampada na cara, mas bem que dizem que o amor é cego e o Gatsby estava louco de amor por ela. Essa cena não ocorre de graça, anteriormente o Jay Gatsby lembra que não tinha nem uma roupa para encontrar sua amada, usava sempre o mesmo uniforme do exército, mas agora na bonança, ele tem um guarda-roupa de dar inveja. Gatsby ainda convida ela e seu marido para uma das famosas festas na mansão, para a qual fez questão de convidar diversas celebridades só para impressionar ainda mais a Daisy e enfurecer Tom de ciúmes e inveja.

Tom percebendo o que se passava entre sua esposa e Gatsby, começa a hostilizá-lo e sugerir que toda a sua riqueza era proveniente do contrabando de bebidas, do que Nick discorda. Bem, a origem da fortuna do Gatsby não é certa, é misteriosa. Mas ninguém ao seu redor ligava para isso, o que importava para os parasitas interesseiros era se aproveitar dos luxos de Jay. Creio que os únicos sentimentos verdadeiros na obra são: o grande amor de Gatsby por Daisy, o amor de Wilson por Myrtle, a amizade entre Nick e Gatsby e o amor de todos os outros pelo dinheiro.

Meus dedinhos estão coçando para escrever mais revelações bombásticas sobre o livro, mas não farei isso.o que acontece depois é uma reviravolta incrível. Pegou-me de surpresa e me faz amar o livro, pois traz uma reflexão muito boa que serve para todos nós, ricos ou pobres.

Esse é um daqueles livros que marcam, porque não se trata só de literatura para entretenimento, mas também literatura de reflexão, de crítica social. Dias após o término da leitura, ainda fiquei pensando sobre o livro; com raiva de alguns personagens e com pena de outros, e pensando como há pessoas ingênuas como o Jay Gatsby no mundo...

Agora preciso ver as adaptações para o cinema:

                                                                          1949



2013



Myrtle (Isla Fisher), Tom Buchanam (Joel Edgerton), Daisy (Carey Mulligan), Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), Jordan (Elizabeth Debicki) e Nick Carraway (Tobey Maguire)


Ainda não assisti, mas gostei bastante da escolha do elenco, acho que o DiCaprio e Maguire se encaixam bem no papel e Carey Mulligan tem a cara de sonsa trágica da Daisy, até imagino ela chorando sobre as camisas finas do Gatsby.


Li críticas bem negativas sobre a adaptação de 2013, mas quero muito ver por conta do figurino dos anos 20, nesse quesito o filme não deixou a desejar:





Isla Fisher linda, sempre ruiva!


O figurino não é de babar? Quando (se) assistir ao filme, virei comentar no blog.


Ficha técnica:

Título: O Grande Gatsby
Autor: F. Scott Fitzgerald
Editora: Abril
Ano: 1980
Páginas: 221

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